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Alergia a medicamentos

Atualizado: 19 de set. de 2024

Qualquer medicamento pode causar uma reação adversa, até mesmo aquela medicação que você sempre tomou para dor de cabeça. Diferente da intolerância ao medicamento (associado ao metabolismo do medicamento pelo nosso corpo), a alergia a um medicamento tem o envolvimento do sistema imune, ou seja, o sistema imunológico reconhece partes da molécula do medicamento como algo estranho.

Geralmente a suspeita de alergia a um medicamento surge quando após o consumo da medicação surgem lesões na pele (urticária) ou inchaço (angioedema), mas este é um dos tipos de reação. Algumas reações podem ocorrer após horas ou dias do consumo do medicamento. Classicamente, as reações alérgicas a medicamento ocorrem por 4 diferentes mecanismos: reações mediadas por anticorpos IgE, reações por anticorpos anti-celulares IgG, reações por imunocomplexos (antígeno-anticorpo) e reações mediadas por células.



Quando devo suspeitar?

Sempre que surgir coceira, urticária, inchaço ou outro sintoma associado ao início de um medicamento ou sempre que faz uso da medicação.




Como fazer o diagnóstico das reações alérgicas a medicamentos?


A partir de informações de quais sintomas surgiram, características das lesões da pele e quanto tempo após o uso da medicação os sintomas surgiram. Na história clínica, o médico fará investigação, ainda, de outros possíveis diagnósticos, como por exemplo, infecções. A partir de destas informações, o médico identificará o tipo de reação, se há necessidade de algum teste para o diagnóstico e, se necessário, qual tipo de teste deve ser usado para investigação e confirmação da suspeita de alergia. Os principais tipos de teste são: o teste cutâneo intradérmico, teste cutâneo de leitura tardia e o teste de provocação com o medicamento (quando todos os testes foram negativos e ainda persiste a suspeita). O teste de provocação é considerado o mais específico de todos, ou seja, se o teste for negativo afasta a suspeita de alergia ao medicamento testado, e se positivo, confirma-se o diagnóstico de alergia ao medicamento. Algumas vezes, a reação apresentada pelo paciente é muito sugestiva, dispensando a realização de teste para o medicamento suspeito. Nestes casos, o médico orienta não fazer uso da medicação, bem como, orientação de medicamentos que possuem reatividade cruzada a esta medicação, ou seja, a estrutura molecular de uma medicação contém uma porção semelhante a de outra. E exames de sangue, são necessários? Geralmente apenas nos casos de reações graves, para avaliar se houve acometimento de outros órgãos, além da pele, como sangue, rins e fígado.


Como é o tratamento da alergia medicamentosa? 

Em primeiro lugar o medicamento suspeito deve ser suspenso. Anti-alérgicos (anti-histamínicos) e corticoide pode ser utilizado conforme a clínica, MAS NÃO DEVEM SER USADOS PARA PREVENIR NOVAS REAÇÕES. E, em casos de reações alérgicas graves, como a anafilaxia (ou seja, risco de morte), faz-se necessário o uso imediato da adrenalina. 


Qual a conduta a ser adotada? 

Até confirmação do diagnóstico de alergia a determinado medicamento, deve-se suspender o seu uso e daqueles que possam apresentar reações cruzadas. O alergista é peça fundamental na orientação das escolhas para o tratamento medicamentoso.

Familiares, escolas, locais de trabalho, médicos, clínicas e hospitais também devem ser informados do diagnóstico de alergia ao medicamento. Em alguns casos, o uso de pulseiras informando alergia ao medicamento deve ser considerado.

 

 
 
 

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Dra Priscilla Rios Alergologia.  Rua Oscar Freire, 2250, Conj 204 Jardim Paulista - São Paulo

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